Aos 32 anos, o atleta Renato Rezende – residente de Poços de Caldas/MG – que dedicou-se ao BMX (Bicycle Motocross) desde os seus 7 anos, conquistando o topo do esporte com participação em três Olimpíadas, sendo a última em Tóquio 2020+1 – se deparou com novo objetivo, conquistar o mesmo sucesso no Mountain Bike (MTB).
“Uma carreira dentro do esporte não se constrói do dia para a noite. Muito sacrifício e suor derramado durante décadas. Uma vida inteira dedicada a uma modalidade. Fui campeão mundial de BMX e participei de três Jogos Olímpicos. Chegou um momento que me deparei contra mim mesmo e precisei dar um ́reset ́. Comecei do zero no MTB, sem medalhas, sem pódios, sem garantias. Pedalando atrás de um sonho, a quilômetros de distância do meu objetivo, mas que para chegar lá, eu não estou sozinho. Um sonho que se sonha junto é realidade”, diz Renato Rezende no anúncio de sua chegada à TSW SRAM Racing Team.
Renato Rezende: do BMX para o MTB
Aos 6 anos, Renato Rezende tinha o pedal como sua brincadeira favorita. Ao conhecer a pista de BMX de Poços de Caldas/MG, apreciava os ciclistas realizando manobras. Renato viu ali a possibilidade de transformar um sonho de criança em realidade: poder “voar” com sua capa do Batman (personagem de quadrinhos infantis) usando o BMX como esporte. Desde então, o pequeno atleta decidiu que aquilo era o que queria por toda a vida. Apoiado pela família, sendo o pai mestre de Jiu Jitsu e a mãe professora técnica de Ginástica Rítmica, Renato, iniciou sua carreira de atleta aos 7 anos, com treinos e boa alimentação. Assim, ele cresceu no esporte e dedicou-se ao BMX até os 30 anos – último ano em que participou de competições na modalidade.
Em 2017, Renato quebrou o pé na Copa do Mundo de BMX. Na impossibilidade de competir por 6 meses, já que a bike aro 20 exige que o atleta pedale com em pé, com todo apoio aos membros inferiores, e ao mesmo tempo, ele sabia que não podia interromper os treinos e viu no MTB a possibilidade de continuar treinando enquanto pedalava sentado. Foi nesse momento que ele se encantou com a modalidade. Após 2021, ano em que ocorreram as Olimpíadas de Tóquio 2020, o desejo de migrar do BMX para o MTB se transformou em realidade, já que são modalidades que conflitam nos objetivos, ter resistência no MTB ou a potência no BMX.
Novos voos com a TSW SRAM Racing Team
A decisão de Renato Rezende em mudar de uma prova de 30 segundos (no BMX) para uma de 1h e 30min (no MTB) vem do desejo de alcançar novos resultados nas competições nacionais e no âmbito olímpico. Ainda em 2022, o atleta alcançou o 3° lugar no Campeonato Brasileiro de MTB de XCE (Cross Country Eliminator), uma das competições mais importantes no Brasil, se preparando por apenas 3 meses.
Ainda no MTB, seu grande potencial está no XCE, disputa explosiva que melhor se desempenha. Esse fato foi colocado em prova durante o Pan Americano de 2023, no qual, o mesmo liderou o pelotão e alcançou a linha de chegada em primeiro lugar durante 3 voltas. Mas, infelizmente, o atleta sofreu uma queda na quarta e última volta de liderança que competia pela camisa de campeão Pan-Americano de XCE. Com isso, Renato se posicionou no 4° lugar. Mesmo com a queda, Rezende vem sendo prestigiado e lembrado em outras competições de âmbito brasileiro pelo seu desenvolvimento e performance no Pan-Americano. Tal resultado é derivado de sua experiência no BMX que vem tendo reflexo positivo na construção da carreira do atleta no MTB.
Renato Rezende pretende lutar pela camisa de campeão brasileiro de XCE no Campeonato Brasileiro 2023 de XCO, XCC e XCE e ainda se prepara para o próximo Mundial de XCE.
Mas não é só no MTB que o atleta vem performando…
Atualmente, Rezende também pratica o Pump Track, outra modalidade do ciclismo brasileiro na qual o atleta realiza movimentos com o corpo em um circuito formado por lombadas que impulsionam sua aceleração na bicicleta sem a necessidade de pedalar com tanta frequência.
Será que dá pra combinar o MTB com o Pump Track?
É claro que dá! A resistência do MTB auxilia na performance do atleta no Pump Track e a prática do Pump Track sustenta os treinos do Renato para o MTB, tendo em vista que ele amplia suas técnicas de salto para o MTB — circuitos das competições que, se feito com técnica, podem trazer um melhor resultado na posição do atleta em prova.
Ele foi campeão em duas etapas da Pump League Brasil e se posicionou como os 8 melhores na seletiva para o Campeonato Mundial de Pump Track, registrando o segundo melhor tempo geral, mas infelizmente não foi classificado nas quartas de final. No entanto, isso não é um obstáculo para o atleta que pretende participar do Mundial de Pump Track 2023.
Principais títulos do Renato Rezende
- Bronze nos Jogos Sul-Americanos de Medellín em 2010;]
- Campeão mundial Elite Cruiser em 2010;
- Ouro (BMX) e prata (time trial) nos Jogos Sul-Americanos de Santiago em 2014;
- Bicampeão pan-americano em 2014 e 2015
- 3 olimpíadas – em Londres 2012; Rio de Janeiro 2016; e Tóquio 2020+1
- 13 vezes campeão brasileiro;
Sobre a equipe TSW Racing Team que se tornou a TSW SRAM Racing Team
“A equipe nasceu em 2012 com o desejo da marca TSW de elevar o leque de produtos ofertados e atender um nível de clientes mais exigente. A princípio os atletas usavam apenas quadros da marca e muitos deles nem chegaram a ser importados para nossas vendas. Com o passar dos anos o objetivo da equipe foi evoluir, inserindo produtos de alta gama no mercado, e nas pistas, a conquista de títulos e a revelação de talentos do esporte. Já revelamos nomes como Ulan Galinski e Letícia Cândido. Hoje a equipe briga por uma vaga feminina na próxima Olimpíada com a Hercília, além de ter como alvo os títulos nacionais de XCE com a Iara e com o Renato. Os atletas além de disputar títulos, testam produtos novos, e passando a mensagem de que mesmo sendo uma marca nacional, a TSW tem qualidade e performance que não deixam a desejar se comparada com outras marcas importada”, explica João Pedro Pungirun, executivo da TSW Bike, marca do Grupo JPP.
“Me sinto honrado pela equipe TSW SRAM Racing Team acreditar no meu potencial em evoluir no MTB”, com o sonho de participar dos Jogos Olímpicos também no MTB XCO (Cross Country Olímpico)´, conclui Renato.