A necessidade de isolamento social mudou a programação de muitas pessoas que vivem para o esporte (cancelamento de treinos, adiamento de competições, etc.), e qualquer mudança, por menor que seja, pode trazer grandes impactos na rotina de um atleta.
Uma de nossas áreas mais vulneráveis a mudanças é o sistema emocional, que reage positiva ou negativamente às situações que acabam nos pegando de surpresa.
Então, por que não compartilharmos a melhor forma de lidar com esses dias complexos para que não sejamos emocionalmente afetados?!
Conversamos com o nosso amigo Antônio Tiago, psicólogo responsável pelo rendimento da equipe do TSW Rancing Team, que afirma a influência da saúde emocional para o bom desempenho de um atleta. Ele nos deu várias dicas exepcionais para este momento…
É importante destacar uma fala do profissional que está totalmente relacionada ao cenário em que vivemos agora:
“Antes de sermos atletas, todos nós somos seres humanos e tendemos ser movidos pela razão e pela emoção. Precisamos saber também que a dificuldade para treinar não é só de um, mas de todos, é geral.”
Assim como uma bicicleta, o corpo humano é movido por dois “pedais” que devem cooperar sempre um com o outro para que tudo siga bem e nada pare de funcionar. Esses “pedais” do nosso comportamento são chamados razão e emoção.
No caso dos atletas, não reconhecer isso pode acabar desmotivando, ainda mais num período delicado como o de uma pandemia que paralisou o mundo, por exemplo.
Por isso, para este e outros cenários semelhantes, o psicólogo dá os seguintes conselhos:
- Tente aceitar que teremos um período complicado, mas que vai passar;
- Não se abasteça com notícias que tendem a aparecer em todos os momentos (principalmente nas redes sociais);
- Assista filmes (como a história do ciclismo e seus personagens mais importantes, por exemplo);
- Aproveite ao máximo a convivência familiar (tomando os devidos cuidados sempre);
- Mantenha contato virtual com pessoas que te fazem bem.
Antônio ressalta a importância de tentarmos evitar o que ele chama de “conteúdos ácidos”. Segundo ele, se informar é bom, mas o excesso de conteúdo com uma carga mais pesada de informações tende a aumentar nossa ansiedade, o que acaba nos fazendo mal.
“Tente evitar. Se for buscar informações, busque em fontes confiáveis”.
Um sentimento muitas vezes inevitável é o de desânimo ao ter que interromper os treinos que estavam indo tão bem. Mas o psicólogo pede para que os atletas encarem as adversidades como uma oportunidade.
“Olhando na perspectiva psicológica, o sentimento de perda faz parte do processo de qualquer ser humano. Neste caso específico, ainda não se tem a proporção do quanto isso pode causar de perda/prejuízo. Talvez o mais importante nesta nova fase que estamos passando, será a capacidade de se reinventar e criar possibilidades para diminuir supostos quadros ansiosos.”
Mas então, como manter o equilíbrio emocional e o desempenho que já estava sendo trabalhado tendo que conviver com tantas limitações decorrentes do isolamento social? O profissional recomenda o balanceamento entre o exercício físico e mental unido às orientações anteriormente citadas.
“Em geral, os atletas amadores ou de alta performance têm suas singularidades de treinos e treinadores (físico e mental). Talvez, trabalhar em conjunto com eles, construindo ideias saudáveis, pode contribuir para que o desempenho e o equilíbrio emocional fiquem em sintonia.”
Para que tenhamos os resultados esperados mesmo passando por uma fase conturbada, é preciso levar a sério essas recomendações e estar consciente de que nosso corpo não precisa “parar de funcionar”, é possível sim se adaptar a um novo ritmo e se reinventar em meio às adversidades.
Vamos juntos!
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Adorei, obrigada galera!!!
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